“Os objetivos da AOA são lutar contra o cancro e apoiar o doente oncológico e familiares”

Os objetivos da AOA são lutar contra o cancro

A Associação Oncológica do Algarve (AOA) está prestes a atingir o marco de 30 anos a impactar as vidas dos doentes oncológicos do sul de Portugal e a contribuir para a consciencialização da população. Maria de Lurdes Santos Pereira, presidente da Associação, fala sobre a equipa que lidera, clarificando o percurso, organização e objetivos delineados nesta Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS).

A Associação foi fundada em 1994. Quais as principais conquistas?

Maria de Lurdes Santos Pereira (MLSP) – A Associação Oncológica do Algarve (AOA) foi fundada por um grupo de pessoas sensibilizadas pela avassaladora problemática do cancro, conscientes da falta de apoios ao doente oncológico e seus familiares, fora do meio hospitalar. A inexistência do rastreio do cancro da mama no Algarve foi um dos principais impulsionadores da AOA, sendo a sua implementação, em 2005, uma das principais conquistas desta associação, assim como a construção da Unidade de Radioncologia do Algarve, a primeira a sul do Tejo, no ano de 2006.

A renovação do rastreio da mama, em 2017, fazendo uso da mais recente tecnologia (Tomossíntese), os despistes do cancro cutâneo e da doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC), os serviços de Psico-oncologia, Estomaterapia, Fisioterapia, Terapia da Fala, Autoimagem e de Próteses Capilares e Mamárias, são as mais recentes conquistas de que muito nos orgulhamos.

Como é que as pessoas se podem associar? Porque é que devem fazê-lo?

MLSP – As pessoas podem associar-se na sede, Largo das Mouras Velhas, nº 16, Faro, ou através do site www.aoa.pt.  A AOA é uma IPSS sem fins lucrativos, de utilidade pública e com fins de saúde, que depende em boa parte da solidariedade da sociedade civil, que também obtém o retorno do trabalho desta instituição por via dos rastreios gratuitos, dos tratamentos de radioterapia na área de residência, entre outras atividades de cariz informativo, desportivo ou social, dinamizados ao longo do ano um pouco por toda a região. 

Que ações e iniciativas têm previstas para este ano de atividade?  

MLSP – As iniciativas previstas para este ano são:

  • Rastreio do Cancro da Mama: nos concelhos de Portimão, Lagos, Alcoutim, Castro Marim, V. Real de Santo António e Tavira (os 16 concelhos do Algarve são abrangidos pelo rastreio, em voltas consecutivas de dois anos);
  • MOVE. Tavira: 19 março – marcha/corrida para a promoção da saúde e dar a conhecer o apoio social e humano desenvolvido por esta associação;
  • “Verão sem Escaldão”: durante a época balnear, dar a conhecer informação sobre o cancro da pele junto a praias, infraestruturas de recreio, zonas comerciais e empresas cuja atividade represente algum risco para os seus colaboradores;
  • MAMAMARATONA 23: apoiada pela C.M. de Loulé, J. F. Quarteira, IPDJ, bem como vários apoios institucionais e outros patrocinadores. A iniciativa decorrerá no dia 15 de outubro, no âmbito do “Outubro Rosa” – movimento internacional de prevenção para o cancro da mama;
  • “Novembro Azul”: movimento internacional de prevenção para o cancro da próstata e testicular. 

De que forma é que a AOA ajuda os doentes e os seus familiares?

MLSP – A AOA apoia os doentes oncológicos e seus familiares na sede, em Faro, disponibilizando serviços nas áreas da Psico-oncologia, Fisioterapia, Terapia da Fala, Estomaterapia, Auto-imagem e Nutrição. Esta IPSS também tem delegações no Algarve (Portimão, Albufeira, Loulé, Quarteira, Fuseta, Tavira, V. Real Sto António e Castro Marim), sendo que as consultas são feitas por marcação. 

Que testemunhos vos chegam por parte dos doentes?

MLSP – Os testemunhos provenientes das nossas atividades manifestam-se nos agradecimentos, na sua inscrição como sócios da instituição, na participação dos nossos eventos e na criação de eventos por eles próprios organizados, com finalidade de angariação de fundos a favor da AOA.

Quais os objetivos principais da AOA?

MLSP – Os objetivos da AOA são lutar contra o cancro e apoiar o doente oncológico e familiares. 

Como é que veio a assumir a direção da AOA?

MLSP – Assumi a Direção deste cargo por solicitação das pessoas envolvidas neste projeto de dar continuidade a uma obra tão necessária iniciada pelo médico-cirurgião José Alberto Santos Pereira, falecido em fevereiro 2017, por crise cardíaca. Foi um grande impulsionador deste movimento de luta contra o cancro e apoio ao doente oncológico no Algarve, desde a década de 80. Todos os que o rodeavam sentiram o entusiasmo que ele tinha no seu projeto de vida e continuar o seu propósito foi a nossa opção.

Quais são os primeiros passos para existir uma maior sensibilização e aceitação da sociedade em relação à doença oncológica?

MLSP – Como IPSS e, de acordo com os Objetivos desta Associação, não daremos os primeiros passos – porque já foram dados – mas daremos continuidade ao entusiasmo e coerência de projetos desenvolvidos e a desenvolver, em relação à doença oncológica, que muito respeitamos.

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